27 de abril de 2024 - 22:28

Cultura

30/01/2024 09:46

Secretaria aposta no turismo interno e de entretenimento na cidade de SP

Mais de 11,4 milhões de pessoas passam diariamente pelas dezenas de milhares de vielas, ruas e avenidas da cidade de São Paulo. A vida na maior metrópole da América Latina não para sequer um minuto — seja para quem mora, ou para quem dá só uma passadinha na Terra da Garoa. Aliás, os visitantes contribuem com uma parte vital da cara da cidade.

O turismo representa 10% do PIB do município e gera 2,3 milhões de empregos, de acordo com dados da Secretaria Municipal da Cultura. Por dia, o setor fatura mais de R$ 45 milhões, segundo dados da Fecomercio e do Observatório de Turismo e Eventos de São Paulo.

Os desafios para ampliar o turismo em São Paulo começaram a ser discutidos na segunda-feira (30), na 2ª Conferência Internacional de Turismo (Confetur).

O evento, promovido pela Secretaria Municipal de Turismo, acontece entre os dias 30 e 31 de outubro, no WTC Events Center, na Zona Sul da cidade, e é aberto ao público.

O tema central da conferência é “São Paulo: Turismo para todo mundo” e um dos principais tópicos discutidos é o chamado “Turismo 360”. A ideia é fomentar a atividade para além dos negócios e mostrar que existem opções por todos os lados e para todos os públicos.

 

Em entrevista à CNN, o secretário municipal do Turismo, Rodolfo Marino, disse que aposta no turismo interno para aqueles que já vivem na cidade, mas principalmente no turismo de entretenimento.

“A Secretaria de Turismo e a SPTuris em conjunto já fizeram a gestão de mais de 2.600 eventos no ano. São eventos pequenos, eventos para 400 pessoas, eventos para 2 mil pessoas. A Virada Cultural, por exemplo, levou mais de 4 milhões de pessoas pra rua. Então, esse turismo de entretenimento é o grande gerador de renda e emprego no município”, diz.

Os turistas que visitam São Paulo já perceberam que podem fazer parte de mais um público. É o caso de quem vem à cidade para negócios e acaba ficando para curtir o pós-expediente, como explica o coordenador de Estudos e Pesquisas da Embratur, Fábio Montanheiro.

“Você vai ver que, por exemplo, a ocupação hoteleira dez anos atrás era dividida assim: durante a semana você tinha aproximadamente 55 a 60% de ocupação e nos finais de semana 25 a 29%. Hoje você tem uma ocupação hoteleira nos finais de semana acima de 45, 50%, ou seja, você tem turistas de lazer vindo aproveitar os eventos da cidade, toda a estrutura de atrativos. E você tem os turistas de negócios que estendem sua permanência para aproveitar tudo que a cidade tem para oferecer”.

Um dos destaques da cidade para os turistas é a gastronomia. De acordo com a Secretaria Municipal de Relações Internacionais, existem atualmente cerca de 30 mil bares e 20 mil restaurantes na cidade.

Um dos estabelecimentos é de Denis Rezende, proprietário do “Café Jornal”, há mais de duas décadas. O empresário defende que o turismo seja adaptado à medida em que o perfil dos visitantes muda. “Shows, eventos, os museus, na verdade, trazendo grandes atrações e tudo isso vai acabar tracionando também pros restaurantes, pra isso, pra aquilo. Então, é uma questão 360”, diz.

Há 16 anos, o restaurante faz parte do Brasil Restaurant Week, que já passou por ao menos 30 cidades e oferece menus especiais a preços acessíveis.

O idealizador do projeto, Fernando Reis, explica que São Paulo é a cidade que mais vende menus e que o turismo gastronômico tem se intensificado.

“A Restaurant Week tem o objetivo de fomentar o segmento, democratizar a boa gastronomia com cunho social. E, indiscutivelmente, São Paulo segue o mesmo caminho que Nova York, onde foi criada a Restaurant Week”, conta.

Para a apresentadora do CNN Viagem e Gastronomia, Daniela Filomeno, a culinária em São Paulo está diretamente ligada à cultura e ao turismo.

“São Paulo já é uma capital gastronômica inclusive da América Latina, mas tem muito potencial para crescer no mundo. A gente recebe muitos turistas em busca da nossa gastronomia, cultura e arte também. E o que você ganha com esse turismo gastronômico? Inclusão, fomenta a economia e você tem também esse avanço cultural que, pro Brasil, é tão importante”, finaliza.


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