07 de setembro de 2024 - 21:57

Cidades

24/07/2024 07:41

Juiz nega pedido de “Rainha do HC” para transferir coronel do Exército para Belo Horizonte

Caçadini é suspeito de financiar o assassinato do advogado Roberto Zampieri, de 56 anos, ocorrido em dezembro de 2023, no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá

O pedido de transferência do coronel do Exército Brasileiro Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas para Belo Horizonte (MG) foi negado pelo juiz Jorge Alexandre Martins Ferreira, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá. Caçadini, atualmente detido no 44º Batalhão de Infantaria Motorizado, é suspeito de financiar o assassinato do advogado Roberto Zampieri, de 56 anos, ocorrido em dezembro de 2023, no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá.

A advogada Sarah Quinetti Pironi, conhecida como “Rainha do HC”, argumentou que a saúde do coronel é frágil, como ficou comprovado durante a audiência de instrução e julgamento realizada em 22 de julho no Fórum de Cuiabá. Segundo ela, a permanência de Caçadini no 44º Batalhão dificulta o acesso a cuidados médicos necessários, conforme atestado pela perita do Exército, Capitã Ângela.

Sarah destacou que, se transferido para o Comando da 4ª Região Militar em Belo Horizonte, o coronel teria acesso facilitado a tratamento médico adequado, pois o Quartel General 2, onde ele ficaria custodiado, está localizado ao lado da Policlínica do Exército, que possui infraestrutura para tratamento oncológico e outras especialidades necessárias.

No entanto, o juiz Jorge Alexandre rejeitou o pedido de reconsideração da decisão que negou a substituição da prisão preventiva por prisão domiciliar. O magistrado afirmou que não foram apresentadas evidências de condições de saúde que justificassem a necessidade de tratamento fora do estabelecimento prisional. Ele ressaltou que as discussões preliminares com a defesa antes da audiência de instrução e julgamento não possuem caráter vinculativo, sendo a decisão final baseada nos autos e nas provas apresentadas.

“Registra-se que não houve deferimento prévio do recambiamento do preso para o Estado de Minas Gerais. A decisão de analisar a possibilidade de recambiamento foi apenas mencionada de forma informal e sem caráter vinculativo. A análise definitiva sobre o pedido foi realizada com base nos elementos trazidos aos autos, concluindo-se pela inadequação do recambiamento no presente momento”, afirmou o juiz em sua decisão.


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